Postado em 31/05/2021 01:45 - Edição: Bruno Wisniewski
Em tempos de COVID-19 é importante que façamos os procedimentos de prevenção: lavar bem (e várias vezes) as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, evitar contato, manter o distanciamento social, em casa e saindo apenas para o estritamente necessário. Ainda que não se faça parte do grupo considerado de maior risco (como pessoas idosas e quem já tem alguma doença pulmonar, por exemplo), todos os cuidados são indispensáveis. Porém, mesmo assim, algumas(uns) de nós poderão ser acometidas(os) pelo vírus. E o que fazer neste momento?
Por orientação de várias autoridades médicas e sanitárias, primeiro é necessário identificar se é, de fato, a COVID-19. Os sintomas são: febre tosse e dificuldade para respirar, sendo que as pessoas podem apresentar também coriza ou congestão nasal, dor de garganta e perda do olfato. Como nesta época do ano, doenças respiratórias costumam ser mais frequentes, a orientação é, a partir do primeiro sintoma, monitorar a temperatura corporal e o surgimento de novos sintomas. Em caso de agravamento da febre ou da dificuldade de respirar é preciso buscar avaliação médica. Nos demais casos, é preferível ligar para a Secretaria de Saúde do município e seguir as orientações das autoridades, pois os casos mais leves, ainda que cheguem às unidades de saúde, não serão testados e serão encaminhados para os 14 dias de cuidados em casa, com a medicação correta indicada pela equipe de saúde.
Testei e deu positivo, e agora?
É importante ressaltar que muitas pessoas testarão positivo para a COVID-19 neste período, e é necessário manter a calma também nesses momentos. Embora ainda não exista uma vacina ou cura, muitas pessoas estão se recuperando da COVID-19. Após testar positivo, é importante manter a rotina de cuidados com o corpo, mas também olhar para a saúde mental.
Após a confirmação e orientação para se manter em casa por 14 dias, ou caso a hospitalização seja necessária, é importante ter alguns hábitos que ajudem a manter a “cabeça no lugar”. Sempre que possível, leia livros, veja filmes, estude sobre outros assuntos. É importante desconectar um pouco, tanto das redes sociais quanto do celular. Muitas informações boas estão circulando, mas há também muitas informações sem embasamento científico, que podem servir como vetor para a ansiedade, num momento que por si só já é delicado.
É necessário monitorar os sinais e sintomas, mas fazer isso a cada vinte minutos também faz a ansiedade aumentar. Por mais que, durante o isolamento, se fique limitado de interações e saídas, procure estímulos que te façam relaxar, seja um jogo online, seja assistir programas leves de televisão. Pensar e ter informações sobre o vírus o tempo todo pode ser prejudicial à sua saúde mental. Muitas vezes, esse momento de “superinformação” pode levar a crises de ansiedade, que podem ter como sintomas dor no peito e até falta de ar, daí a necessidade de estar atento aos sintomas e à duração deles. Mantenha uma rotina de cuidados, fazendo uso correto da medicação, ingerindo bastante líquidos e fazendo o repouso recomendado.
Os cuidados possíveis estão disponíveis e é importante sermos responsáveis, tanto com nossa condição, como com a sociedade como um todo. Esse momento de distanciamento social é delicado e não se sabe ao certo quanto tempo durará. Por isso é indispensável cuidarmos do que nos é possível e compreender sobre o que não temos controle.
Neste momento, por exemplo, alguns cuidados podem nos ajudar também a proteger nossos familiares do contágio. Entre eles, evitar compartilhar objetos de alimentação e de uso pessoal, lavar as roupas em separado e utilizar a máscara conforme a orientação da equipe de saúde. De preferência, sempre que possível, utilizar um cômodo da casa restrito, mantendo os ambientes sempre ventilados. Esse também não é um bom momento para receber visitas e mesmo ao tocar animais de estimação é preciso tomar cuidados como a lavagem das mãos antes e depois.
O primeiro passo para uma boa recuperação é não procurar culpados ou se culpar pela situação: é um vírus, todas e todos estão sujeitos a se infectar. É preciso apenas seguir as orientações médicas e aguardar o período de catorze dias. Se você já toma todos os cuidados e segue seu tratamento corretamente, entenda que, o que você pode fazer, você está fazendo. Nesse contexto, basta estar atenta(o) à saúde física e mental e pedir ajuda se necessitar, sabendo que muitos profissionais da Saúde, incluindo Psicólogas(os) estão preparados para te ajudar.
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